segunda-feira, julho 26, 2004

Onde Estão os Valores?...

Bem, um dia destes, paro na estação BP para pôr combustível. De passagem na zona de revistas houve uma que me chamou a atenção. Dizia na capa: "Traição- Engane-o sem ser apanhada". Pensei que aquilo não devia ser o que estava a pensar, e peguei na revista, para a abrir e descobrir.

Abro a revista vejo frases como: "Descubra a leviana que há em si (...) Engane-o sem ser apanhada, sem sentir remorsos..." seguido de uma série de conselhos para trais o marido/namorado sem ele descobrir, como retocar a maquilhagem, ajeitar a camisa, etc.
 
Desculpa a linguagem, mas tenho de ser fiel aos meus pensamentos, eu olho para aquilo e penso: "Fodasse! Que é esta merda???". Pá e realmente... que é esta merda?... Já não há valores?? Parece que vivemos num tempo em que muitos desapareceram, chegando ao cúmulo de termos revistas com conselhos em como trair alguém. A palavra "trair" em si, não é má que chegue para chamar à consciência aquelas pessoas?
 
Será que cada vez mais só conta o que se vende?... :(
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sexta-feira, julho 23, 2004

O Que É Isto Que Eu Sinto?...

São seis e quarenta e tal da manhã e eu, tendo-me deitado perto das três, ainda não consegui pregar olho mais de quinze minutos!...
 
:( Levanto-me, bebo leite, vou ao quarto de banho, enfim, faço tudo, menos dormir...
Vou estar com a Graciete amanhã (ou hoje- Sexta), depois de quase um mês sem a ver, e é isto... faz com que não consiga dormir mais que algum pouco tempo! Incrível estas coisas que sentimos dentro de nós e orientam assim o nosso organismo...
 
É daquelas coisas más (não conseguir dormir), que tão bem sabe. E a todos desejo estas insónias.
 
Foi só uma coisa que me apeteceu partilhar. Vou outra vez tentar dormir.***
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terça-feira, julho 20, 2004

Hipocrisia Norte-Americana

Há uma coisa que sempre me meteu uma certa confusão... É a hipocrisia Norte-Americana que nos entra pelos olhos dentro várias vezes por semana, ao ligar a televisão. Vou pegar num caso simples e exemplificativo, nem vou falar de guerras.

Lembram-se bem de quando, na Super Bowl, o imprevisto aconteceu e um mamilo da Janet Jackson ficou de fora. É incrível o impacto que este acontecimento teve, incrível! Criticado, gozado, tido como uma afronat aos valores, etc etc etc. Ora isto não seria de criticar, se fosse um comportamento padrão, isto é, se estes valores se manifestassem em todas as ocasiões.

Mas (há sempre o "mas"), não preciso ser eu a dizer-vos, que os EUA não primam exactamente pelo conservadorismo! Eles são capazes de fazer este escândalo todo por causa dum "mamilo acidental", e ao mesmo tempo ter programas televisivos chamados "Do You Wanna Be a Pornstar" (acho que não preciso de dizer em que é que consiste este programa...), são capazes de meter um 'pip' por cima de palavras como "shit"!...

É de mais, penso que há uma fachada que se quer fazr passar, consciente ou inconscientemente, mas tudo cai por terra com coisitas, pormenores que não interessam a ninguém. Nem sequer são capazes de lidar com o imprevisto, adiando por 5 segundos as transmissões televisivas em directo, porque no ano passado alguém (Michael Moore) resolveu dar a sua opinião ("(...) shame on you mr. bush shame on you!") durante uma cerimónia (Oscars). Enfim...

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terça-feira, julho 13, 2004

A Pureza

Um destes dias, estava a tentar estudar, mas caí no "bom erro" de ligar a televisão. Estava a dar "Os Maias", e acabei por ficar e ver. Houve várias cenas a que achei bastante piada... Quando Maria está à janela, e Pedro fica na estrada a olhar para ela, "...namorando à antiga", como dizia o narrador! Muito bem desempenhado pelo actor, vemos um brilho nos seus olhos incrível, uma felicidade extrema, simplesmente de estar ali, na estrada, a olhar para a sua amada. Mais exactamente, uma pureza incrível!

Fez-me pensar que, com o passar dos tempos, com a evolução natural das coisas, houve esta pureza do amor que se perdeu. Desengane-se quem pensar que sou contrário a esta evolução e que preferia "o antigamente", a questão não é essa. A evolução é boa, é claro mas há sempre o reverso da medalha, sempre algo que se perde. Hoje em dia duas pessoas conhecem-se, e se preciso for, até vão para a cama no primeiro dia. Mas atenção que não estou a dizer que isto está errado, só estou a focar aquela corte que havia antigamente. Antigamente sim, havia uma "época da conquista".

Não sei se estou a fazer-me entender, ou se estou a passar a imagem de resistente à evolução, quem me conhece sabe que não sou assim, estou só a levantar um novo ponto de vista para uma coisa. Antigamente o homem idolatrava mais a sua amada, ela era como se fosse uma deusa, num estado muito acima. Claro que não estou a dizer que agora eu, ou o Manel, ou o Zé, não o fazemos, acho que todo o namorado deve achar que sim, que o faz, mas estou a falar da generalidade, daquilo que me apercebo.

Isto é só uma opinião, e não estou triste ou desilududo com esta evolução.*

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quinta-feira, julho 08, 2004

Prazerzinhos

Cheguei há pouco da minha corrida. O ritual é sempre o mesmo... Acabo de estudar, com a cabeça provavelmente em água; venho cá cima silenciosamente (para não acordar os pais) buscar os meus calções e sapatilhas. Quando já estou devidamente equipado volto a ir para baixo. Meto o leitor de mp3 agarrado na beira dos calções e escapulo-me. Quando estou na estrada, o único barulho que ouço é o que vem dos headphones, está tudo tão calmo...

Ponho-me a andar e... Bem, corro! É simples. Sinto prazer a correr, mas não é só isso, é o "total". É o andar pelas ruas desertas, o Vento frio (apesar do mês em que estamos) a bater na cara, percorrer tudo por mim próprio, desafiar-me vendo até onde consigo ir sem parar.

Há um fascínio qualquer nas cidades à noite. Talvez tenha tomado consciência deste fascínio quando fui para a
Alemanha em 2001 e percorria as ruas à noite de skate debaixo do braço ou dos pés. Talvez seja pelo contraste com o dia, por aquela calma simpática.

Quando chego a casa, entrando pela cave, ligo a aparelhagem com uma música calma qualquer (hoje foi
Pedro Abrunhosa, aquela última música escondida do "Tempo") e tomo um banho. Depois deitar-me na cama fresquinho, isso sim é bom. Sabe bem... Não sei se me entendes...

Pá, no fundo é um "prazerzinho", uma coisa simples que gosto de fazer de vez em quando. E acho que são estas coisas pequeninas que dão mais piada a isto tudo, não é? Estes "prazerzinhos" que nos fazem sentir bem. Temos é de tentar encontrá-los, encontrar os nossos "prazerzinhos" e aproveitá-los.

Ao dizer "temos", não "temos", é só a minha opinião.

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P.S. - I care!

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sábado, julho 03, 2004

Saudade

Sabes o que é que eu acho?... Acho que somos seres sempre insatisfeitos, sedentos da perfeição por definição. Mas somos sempre insatisfeitos, porque andamos sempre com saudade de alguma coisa. É verdade! Eu sou assim, tu não és assim?

É engraçado. Quando fui para o liceu, andava sempre com saudades dos "tempos da EB", dos tempos que ainda hoje considero os "
Glory Days" :) Vivi o liceu, penso eu da melhor maneira possível, e passou, passou-se, puf! Noutro dia fui lá, e na brincadeira disse ao Paulo que não podia ir ao liceu, porque ficava deprimido. Faz parte dum passado, dum bom passado. Os amigos de infância estavam sempre ali, todos os dias, estava com a Graciete diariamente, (quase) não tinha responsabilidades, tirar boas notas era fácil... :)

Entrei na
universidade! Surpresa total, um mundo completamente novo, pessoas novas, grandes ambientes, noitadas, e de tudo um pouco. Mas com saudades do liceu! Estranho... E o mais engraçado, tenho a certeza que quando acabar o curso e começar a trabalhar, vou andar sempre com saudades do tempo de universitário. E por aí fora, quando for "B" vou ter saudades de quando era "A" e quando for "C" vou ter saudade de quando era "B".

O truque está em cingirmo-nos o máximo possível ao presente, ao "aqui e agora", mas é tão impossível!... Há sempre aquela parte de nós com saudades de alguma coisa! Mas porquê encarar isto como uma coisa má? A saudade no fundo, é um bom sinal! É sinal que tivemos (pelo menos) um período na VIDA que foi bom, tão bom que nos deixou a pensar nele.

Apesar de estar a falar em "nós", tudo o que digo é a minha opinião, não sei se é geral. Tenho de me concentrar no presente, ou melhor, no "passado do futuro", um conceito que criei para definir aquilo a que chamamos presente. Mas noutro dia falo nisto, noutro texto.

*Agora*
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