segunda-feira, maio 24, 2004

Música, Valor, Consciência de Si

A música é sem dúvida das melhores coisas que existe! Como que entra dentro de nós, passeia em nós, e sai-nos por um olhar ou pela voz. E o que é mais estranho, é que é feita por Homens! Homens abençoados muito provavelmente (os que fazem boa música), mas Homens! Porque se pensarmos muitas coisas de que gostamos, o Homem não tem nada a ver com elas. Gostamos dum pôr-do-sol, nele só está o próprio sol, algumas nuvens cor-de-rosa se tivermos sorte; gostamos do mar, gostamos do Vento, gostamos duma boa paisagem.

Quer dizer... eu disse gostamos, mas no fundo quem gosta disto sou eu... Assumi que toda a gente gosta. E quem é que não há-de gostar por exemplo, dum sol vermelho a pôr-se por detrás dum monte com algumas nuvens no céu que nos mostram desenhos do melhor
pintor do Mundo, em tons de rosa e laranja...? Quem não gosta de ver o mar numa noite de lua cheia em que estas parece que faz no mar uma estrada prateada, que nos leva... Sei lá! Nem sei se leva! Mas se tivermos imaginação e alegria ela leva-nos para todo o lado!

Ontem senti-me vivo! Quando nos sentimos felizes nem sempre nos sentimos vivos, porque nos esquecemos, mas quando nos sentimos vivos sentimo-nos felizes! Sentir-se vivo é viver com os 5 sentidos. Sentir o frio bater em nós, olhar o sol pôr-se desenhando pinturas magníficas no céu, ouvir os cães, o rio, os gatos, o Vento, a nossa alma, cheirar os
eucaliptos que nos rodeiam... Por isso é que viver na cidade se calhar não é muito bom... Claro que quem gosta está bem, mas será que se gosta? E se disser que gosta, será que gosta realmente? Porque quem vive na cidade não tem quase nada do que falei, o que é mau. Tem, quando liga a televisão, ou abre o álbum e fotografias e olha com uns olhos de saudade os tempo que já passaram.

E as pessoas acabam por se esquecer delas próprias... É triste, mas acontece. Fogo... Há pessoas que passam tempos inteiros, senão VIDAS inteiras sem tomar consciência de si próprias! Isto é mau, muito mau! Nós devemos pensar sempre em nós, apontar para nós ao espelho e dizer “Tu és eu... É estranho, mas tu és eu! Gostas?” – sei lá, apercebermo-nos de que somos nós. Engraçado. Podíamos ser qualquer pessoa no Mundo inteiro, mas somos nós!! Qualquer pessoa...
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