segunda-feira, maio 30, 2005

Políticas

Hoje estava à mesa e o meu pai estava a dizer que não ia ser aumentado, os impostos se calhar vão subir, muitas mudanças a surgir. O que eu pensei foi que, ainda que pareça difícil de perceber, é tudo para o melhor. Este ministro ganhou logo a minha confiança quando foi contra o lobby das farmácias. E agora todas estas transformações, a redução para um mês das férias dos tribunais (a nossa justiça é duma lentidão que não se compreende), o encerramento de cursos com menos de X alunos, o retirar das reformas de quem está uns 7 anos no parlamento e depois ganha 400 contos por mês de reforma, e cenas assim que podem vir a organizar um pouco mais o país. Há muito dinheiro que é mal gasto, e há muito dele que não chega a ser gasto para coisas que deveria ser.
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Agora vamos, daqui a uns meses, a referendo sobre aborto. Não sei como vai ser, mas lembro-me que houve aqui há uns anos e a percentagem de pessoas que foi votar foi mínima. Aí senti-me mal e revoltado com essa estupidez. A ideia de "sou só um e o meu voto não vai mudar nada" não faz sentido algum. Eu vou votar sim. Não critico quem vote não, mas critico quem não vote por preguiça. Quem está perto de onde se recenseou e não vai votar não está a ser um membro activo da sociedade. Quem vive longe de onde se recenseou, muda isso para mais perto!
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Já que estamos numa de políticas, um elogio para os do Bloco de Esquerda. Sei que sou de esquerda, mas ainda não consegui decidir com clareza qual o partido mais apropriado para mim. Contudo, a frontalidade e clareza dos bloquistas foi sempre algo que me agradou. Dizem que só falam porque sabem que não vão chegar ao poder. Eu prefiro acreditar que não é por isso.
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Li que o Francisco Louça disse que, apesar de não ser um deslumbrado por isso, se um amigo dele estivesse a fumar um charro, até fumava também. Que vêem aqui, um drogado, ou um gajo honesto que não está a fazer nada de mais?
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