Consciência de Si Mesmo

Perturba-me a ideia que muita gente anda por aí sem o saber. Isto é, se pensarmos, a consciência de nós próprios não +e tão frequente como poderia ser. Eu mesmo, que tantas vezes penso nisto, passo dias inteiros sem dar por mim. Não ando adormecido, não ando nada, pelo contrário, vivo a 200km/h. Contudo, gosto dos momentos em que paro para pensar em mim. Não no Pedro, na pessoa que toda a gente conhece, na imagem. Não que o que as pessoas conhecam seja uma ideia completamente distorcida de mim, mas estamos fartos de saber que ninguém conhece verdadeiramente ninguém, nem nós próprios.

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Contudo, nem é a isso que estou a referir-me, estou a falar de nós, o que somos, o que nos torna diferentes de nós próprios. Pensar em nós, sentir-nos. Pode parecer estúpido, mas olhar para um braço, mexe-lo, e saber que só nós o podemos fazer, mais niguém. Saber que podíamos ser qualquer pessoa no mundo, mas somos nós, nós! E que só nós sabemos o que realmente sentimos, e só nós conseguimos realmente sentir o que sentimos. Parece uma infinidade de redundâncias, mas não são, pelo menos para mim.

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De vez em quando gosto de parar, e olhar-me ao espelho, mais uma vez digo, não para a minha imagem, mas para dentro de mim. Aproximo-me e olho dentro dos meus olhos castanhos, banais certamente para tanta gente, mas não para mim, porque são meus! E eu sou só meu! Posso entregar-me a alguém, alguém pode entregar-se a mim e partilharmo-nos. Mas a outra pessoa não sabe o que estamos a pensar a menos que o digamos, ou transmitamos de qualquer maneira. E a outra pessoa não pensa por nós.

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Espero que não interpretem isto como um ataque ao romantismo e a arte de se dar a alguém, não é a essa maneira que me refiro. Se assim interpretarem também não me ralo muito, porque apesar da complexidade do tema, talvez tenha sido o melhor que consigo explicar.

Insónia

Desisto, entreguei-me, não consigo não consigo... Por ter passado todo o dia com sono, cometi o grande erro de ir dormir às 22h. E que é que aocntece quando vou dormir a essa hora, sempre?... Sim, durmo umas 2 horas, acordo à uma da manhã, e aqui estou, voilá! 5 da manhã e o sono não pega. Já vi 5 ou 6 episódios de Scrubs, já bebi leite, comi queijo, já me deitei, voltei a levantar, e sempre assim. Até que pensei que, já que não estava a dormir podia fazer algo produtivo, como escrever alguma coisa aqui (sim, o meu conceito de produtivo não é dos melhores...)
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E aqui estou... Sozinho, mas bem. Porquê o "mas", não é?... Quase sempre a palavra "sozinho" está associada com sentimentos não muito bons. Contudo, acho que cada situação tem "tipo"... Não é bom passarmos a VIDA sozinhos, mas é bom termos certos momentos nossos.
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Tenho andado a estudar, e à noite gosto de dar uma corrida. Da última vez que fui, na Quinta, como já era a terceira noite seguida, custou-me um bocado a fazer os kilómetros a que me tinha proposto, mas consegui. Assim cheguei a casa, a transpirar bastante, bastante cansado, mas bem! Fui para a cave, sentei-me, liguei a aparelhagem, escrevi qualquer coisa, fiz uns alongamentos, enfim... Pensei que era o tipo de rotina que queria ter daqui q, digamos, 30 anos! E é esse o tipo de momento em que até sabe bem estar sozinho. Pensamos, e faz pensar. Ou então, se pensar é o que sempre fazermos, não pensamos naquele momento. Parece contraditório, eu sei, mas o que quero dizer é que nesses momentos, podemos fazer o que nos apetecer, por isso há quem pense, há quem não pense, e há quem goste e quem não goste...

Insatisfeitos

A música!!!!!!!! UaU, sou um fanático musical penso! Este "UaU" foi porque estou a ouvir uma música que me dá uma potência incrível! Eu que nem sou um gajo de música Dance, sou mais o Rock, esta "I Like The Way You Move" tem muita potência!

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De qualquer maneira, do que ia falar era desta nossa insatisfação tão característica dos humanos. Então não é que prai há 6 meses eu estava a menos 20 graus a sonhar com quando estivesse aí uns 30... E agora que estão prai 35, eu quase tenho saudade dos menos 20!?!? Engraçado não?

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Acho que nós queremos sempre o que não podemos ter, e além disso, temos a mania das grandezas. Pensamos em ter sempre o outro extremo, e esqueçemo-nos que o meio termo sempre foi tão apreciado! Quando está friito eu sinto-me bem, as pessoas perguntam-me se não tenho frio. Então imaginem... Se quando está friito eu estou bem, quando está muito calor estou a morrer! Por isso é que o rio aqui de Vale de Cambra é o meu sítio preferido cá da terra.

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Está um pouco desconexo este post, mas pronto... : )