Música, Valor, Consciência de Si

A música é sem dúvida das melhores coisas que existe! Como que entra dentro de nós, passeia em nós, e sai-nos por um olhar ou pela voz. E o que é mais estranho, é que é feita por Homens! Homens abençoados muito provavelmente (os que fazem boa música), mas Homens! Porque se pensarmos muitas coisas de que gostamos, o Homem não tem nada a ver com elas. Gostamos dum pôr-do-sol, nele só está o próprio sol, algumas nuvens cor-de-rosa se tivermos sorte; gostamos do mar, gostamos do Vento, gostamos duma boa paisagem.

Quer dizer... eu disse gostamos, mas no fundo quem gosta disto sou eu... Assumi que toda a gente gosta. E quem é que não há-de gostar por exemplo, dum sol vermelho a pôr-se por detrás dum monte com algumas nuvens no céu que nos mostram desenhos do melhor pintor do Mundo, em tons de rosa e laranja...? Quem não gosta de ver o mar numa noite de lua cheia em que estas parece que faz no mar uma estrada prateada, que nos leva... Sei lá! Nem sei se leva! Mas se tivermos imaginação e alegria ela leva-nos para todo o lado!

Ontem senti-me vivo! Quando nos sentimos felizes nem sempre nos sentimos vivos, porque nos esquecemos, mas quando nos sentimos vivos sentimo-nos felizes! Sentir-se vivo é viver com os 5 sentidos. Sentir o frio bater em nós, olhar o sol pôr-se desenhando pinturas magníficas no céu, ouvir os cães, o rio, os gatos, o Vento, a nossa alma, cheirar os eucaliptos que nos rodeiam... Por isso é que viver na cidade se calhar não é muito bom... Claro que quem gosta está bem, mas será que se gosta? E se disser que gosta, será que gosta realmente? Porque quem vive na cidade não tem quase nada do que falei, o que é mau. Tem, quando liga a televisão, ou abre o álbum e fotografias e olha com uns olhos de saudade os tempo que já passaram.

E as pessoas acabam por se esquecer delas próprias... É triste, mas acontece. Fogo... Há pessoas que passam tempos inteiros, senão VIDAS inteiras sem tomar consciência de si próprias! Isto é mau, muito mau! Nós devemos pensar sempre em nós, apontar para nós ao espelho e dizer “Tu és eu... É estranho, mas tu és eu! Gostas?” – sei lá, apercebermo-nos de que somos nós. Engraçado. Podíamos ser qualquer pessoa no Mundo inteiro, mas somos nós!! Qualquer pessoa...

Exploração de Sentimentos

Aqui há uns tempos, sento-me no sofá, ligo a televisão. TVI... "eu Confesso", acho que era esse o nome. A Júlia Pinheiro apresentava um programa onde sentado num banco estava um homem que havia morto um rapaz de 17 anos, há não me lembro quantos anos atrás. "Estava com um copito, queria roubar..." - Dizia ele. A cena teve direito a Remake e tudo! Lá aparecia um actor, supostamente o assassinado, outro actor, supostamente o assassino...

Não já degradante que chegue, eis que chega a família do rapaz que morrera, senta-se no banco da frente. Ouvi, de boca aberta, o irmão do falecido falar, a soltar palavras de 5 em 5 segundos, tal era a agonia, com os olhos vermelhos de lágrimas... Eu pensei, "MAS QUE MERDA É ESTA???"... Acho que estamos a chegar a um ponto em que as coisas estão a perder completamente o controlo! A exploração de sentimentos nos canais, nos tablóides, assume proporções groetscas! É de ficar de boca aberta... Será que vende?... Certamente, caso contrário caiam no esquecimento... O assassino a pedir desculpa... "Peço desculpa, eu tava com um copito..."...

E não é preciso ir tão longe... Basta ligar a TV num serviço de informação. Não é invulgar ouvirmos, após uma tragédia qualquer, o repórter perguntar a um familiar duma vítima, muitas vezes mortal : "Como se sente?". Como se sente? Como se sente?? Sente que quer tudo menos que lhe perguntem como se sente!! Digo eu...

Pá isto deixa-me fora de mim... Não raivoso, a espumar, mas triste, desilidido, e sim, também com raiva.

Só para concluir, não é só em Portugal, quem já não ouviu falar naqueles programas tipo "Jerry Springer" e outras merdas assim, em que mais uma vez, a exploração das pessoas é campeã de vendas...

Enfim...

A Crítica Precipitada II

Bem, vou atrever-me a continuar no mesmo tema, porque me lembrei de outro aspecto noutro dia... É o seguinte: Quando estive na Alemanha em Julho passado, reparei numa coisa que não costumo ver... Muitas pessoas queriam atravessar a estrada e, apesar de não se ver nenhum carro ao fim de uma recta enorme, ninguém passava, só porque estava vermelho!! Agora aqui em Portugal de certeza que muita gente passava sem pensar duas vezes. E de certeza que muito mais gente pensa "Isto só em Portugal, este desrespeito de regras!!"... Mas porquê pensar que os portugueses não respeitam nada e não sei quê, em vez de pensar que os alemães são uns robôs que obedecem apenas a estímulos vindos do exterior...

Pá não sei se me percebem, mas no fundo acho que há uma frase, que é "Só em Portugal" que temos de começar a eliminar... Não "temos", devemos, e mesmo assim não devemos por obrigatoriedade, é simplesmente a minha opinião...

Devíamos começar a recuperar algum do orgulho em ser português! Olhar para as coisas que estão à nossa volta com um sorriso condescendente, em vez de um dedo apontado inquisidor...

Muita gente nem sabe o hino... :(

A Crítica Precipitada

A propósito do comentário do Shurik, lembrei-me dum assunto que tem ocupado a minha mente de vez em quando... Tal como a Graciete disse, não estou a pôr em causa nem nada que se pareça, simplesmente o Shurik disse algo que os portugueses têm muita tendência a dizer, é de julgar logo Portugal pelos actos de algumas pessoas, ou outra, pensar que só os portugueses é que têm determinado tipo de comportamentos.

Ora veja-se : Na última viajei que fiz, as malas de muita gente perderam-se a meio do caminho... A frustração foi muita, e não foi difícil encontrar pessoas a praguejar caluniando a eficácia dos serviços portugueses... Mas o mais engraçado é que as malas tinham-se perdido na Alemanha, Portugal não tinha nada a ver com isso!! Mas as pessoas desatam logo a criticar isto ou aquilo no país...

Outro aspecto que me faz sentir que Portugal não é um antro de ineficácia e preconceito, está relacionado com algumas conversas que tive com uma amiga francesa. Ambos expusemos a nossa curiosidade acerca do país do outro, e cheguei à conclusão que na França também se goza com homossexuais, uma rapariga também é puta quando come muitos gajos e um rapaz garanhão quando come muitas, entre muitos outros... Note-se que não estou a tentar desculpar este comportamento, estou só a fazer ver que este mal não nos é exclusivo...

A única coisa em que me posso basear são as estatísticas... E infelizmente aí vejo que Portugal está lá em cima em alcoolismo, em acidentes nas estradas, entre outras coisas...

Esperoq ue tenham percebido o que quero dizer, e que não me julguem por um patriota fanãtico, não é o caso, simplesment reparo em alguns comportamentos.

Abraço*

Curiosidade Mórbida

Ainda a propósito do que disse ontem, houve outro facto que me "chocou" um bocado... Logo a seguir à zona do aparato, passei por mais de 10 carros, parados, com os 4 piscas ligados e sem ninguém lá dentro... Tinham parado para ir ver... Que curiosidade mórbida!... Eu passei, olhei, mas parar para ver??... E concerteza enganam-se a si próprios, pensando que pararam para ir ver se alguém precisava de ajuda, quando o I N E M já tinha tomado conta da situação...

Enfim, são coisas...

Espero que não tenha acontecido nada de grave áquelas pessoas...

a VIDA, o Frio

a VIDA é uma coisa tão frágil... uma travagem mal calculada, uma coração mais fraquinho, um oceano que nos puxa, uma bala que nos atinge,...

Estamos expostos a tudo, a todo o momento... Lembrei-me disto porque ontem passei por 3 acidentes... 2 deles Maus... O contacto, esse é que nos puxa para a realidade!... Sou apaixonado pela VIDA, gosto de a testar, gosto de a sentir dentro de mim!...

Por isso gosto do frio! Quem me conhece sabe que ando muitas vezes de t-shirt quando as outras pessoas andam de casaco, mas é mesmo por isso, o frio faz-nos sentir vivos! Bem, isto pode ser mal-interpretado e acharem-me um pascácio, mas na verdade não me importo... O frio desperta os nossos sentidos, o calor adormece-os!... O calor não nos arrepia...

Bem, ...