domingo, janeiro 30, 2005

Aniversario do ALbert e Alex

Ontem festejamos o aniversario do Albert (24), Alex (20), Sebastian (21) e Crista (22), numa festa na sala comum. No dia anterior tinhamos tido aqui em casa um Chill Out Dinner. Tiramos a mesa grande da cozinha, metemos 4 mesinhas pequenas, velas, incenso, colchoes no chao e claro, musica a condizer. Estava um bom ambiente, a comida, a bebida, tudo a preceito. Gosto de ver o gosto com que Laura prepara este tipo de coisas para Albert, fa-lo com amor.
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Pois ontem eis que foi o aniversario do Kid, o Alex, que apanhou uma valente. No fundo apanhamos todos, mas enquanto eu, por exemplo, estava na minha, e nao se perceberia nada, ele andava aos tombos. Pobre Kid!...
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Com a sala comum decorada com rigor, cheia de confetis, fitas, comida, boa musica, as pessoas foram chegando e entre viagens sala comum - meu apartamento foram povoando o predio. Ja tinhamos os ingredientes para uma boa festa, musica, pessoas... E assimo foi. O pessoal comecou a ir embora por volta das 3 e tal, mas as 5 ainda fomos para o quarto do Florence ver alguns Jackass's. E agora admirem-se, quando cheguei a casa ainda tive a limpar a cozinha!;)
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Queria contar 2 episodios engracados. O primeiro eh da Katerina, que chegou a sua casa, onde habita ja uma finlandesa, e mal abriu a porta encontrou um papel nesta a dizer: "Please close the door! We DO have a ringbell". Depois, na outra porta a interior, outro papel colado nesta a dizer: "Please take of your shoes". Ja comecava a ser estranho. Depois, na cozinha uma carta. A dizer ola e nao sei que, e para nao tocar nem mudar de sitio as coisas dela (disse ai umas 3 vezes), que ja tinha tido uma ma experiencia e nao sei que. Depois (e agora vem o mais ridiculo) quando abria uma porta do armario tinha, dentro deste um post it cor de rosa a relembra-la para nao tocar em nada nem mudar de sitio, e que a recomendava a nao a chatear! E tinha isto duas vezes, isto eh, em dois armarios!! Que loucura! Que obcecada! Estas finlandesas! Quando ela me disse isto eu disse: "De certeza que eh gorda e feia!" - e eh!! eE mais, tem microondas no quarto! Enfim...
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Outra coisa engracada. Um dia estavamos aqui os 4 a comer e vem o FLorence a dizer que na cozinha do Sergio tinha, dentro do armario, um rato enorme (fez um gesto que nos mostrava ser maior que um palmo) e que estava sempre a rabiar e eles iam ligar para a admnistracao. Fomos todos la cima, a palavra espalhou-se e de repente estavamos 20 pessoas na cozinha. Eu perguntei ao Sergio se queria que resolvesse o problema e este anuiu. Entao, pego numa caixa de sapatos e comeco a abrir lentamente a porta do armario, de maneira a que este saisse e eu o apanhasse dentro da caixa. Toda a gente em cima das cadeiras e das mesas (lol) e as raparigas a guinchar! Qual nao eh o meu espanto quando, ao abrir completamente o armario vejo que era um ratito, nao muito grande, que ja estava morto, com a cabeca presa numa ratoeira! O barulho que fazia era aquele rabiar de quando se esta a morrer (pobre animal...) Comecamo-nos todos a rir, com o ridiculo. De facto, quando se tem medo ve-se as coisas maiores, disse-me o Sergio...
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terça-feira, janeiro 25, 2005

Deixarmo-nos Encontrar

O rapaz das historias disse que preferia esperar por coisas como o amor, ao inves de ir ah sua procura... Sera que esta certo?... Sera que devemos sentarmo-nos relaxados ah espera que o amor nos caia no colo? Sera que nao eh um aperspectiva um tanto ao quanto comodita?
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Pelo contrario, sera que o devemos procurar exaustivamente, buscando-o atras de cada sombra? Ver num(a) amigo(a) que da mais atencao uma possivel fuga da solidao e viajar na nossa mente em pensamentos sem base?... Nao eh uma perspectiva um tanto ao quanto desesperada? E se se esta mesmo desesperado, que acontece muitas vezes?...
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Se se ve todos os nossos amigos a comecar a namorar, e nos ainda sozinhos, presos a um passado que queremos largar, ou (talvez pior) ainda mais amargurados por nem sequer termos um passado a que nos agarrar...
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Eu nao sou a pessoa indicada para falar destas coisas, tive a sorte de encontrar uma princesa que gostou de mim, mas nem toda a gente tem essa sorte. E esses sim podem falar disto, sabendo que eh. Como no post em que falava de amor nao correspondido, posso indagar sobre o que sera, mas deve chegar a ser insultuoso para quem o passa, porque a minha posicao eh confortavel. Simplesmente estou solidario quem por isto passa e imagino como deve ser...
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Agora, qual das perspectivas devemos optar? A do comodista ou a do 'desesperado'? Eu penso que, como sempre, no meio esta a virtude. Um meio termo nisto tudo. Contudo, a pender mais para a primeira. As vezes eh melhor deixar que ele nos encontre, mas ter a sobriedade de saber ve-lo quando aparecer, nao esperar que venha ter connosco em todos os sentidos. Saber ve-lo passar e pedir-lhe lume para um cigarro, ou perguntar as horas, nao ve-lo passar e pensar- "Sim, agora vem falar comigo, va...".
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Deixarmo-nos encontrar...*
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quinta-feira, janeiro 20, 2005

De Volta

Eh tao facil fazer alguem feliz... Estava aqui agora n meu quarto debrucado sobre Psicologia do Trabalho a ouvir a emissao online da Best Rock e a Laura entra no meu quarto e diz-me, em espanhol:
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- Estou muito contente que tenhas vindo! Tinha muitas saudades tuas! - e vai-se embora outra vez, deixando-me com um sorriso. Fiquei feliz, apenas com uma frase. Eh realmente facil faezr alguem feliz... Um elogio, um favor, um sorriso...
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Pois realmente estou de volta... Apanhei o primeiro aviao da Ryanair a voar do Porto (com direito a televisao e tudo!) as 9h20 da manha e cheguei a casa 14h depois! Porto-Londres-Tampere. Fiz a viagem com a Cristina e mais 3 portugueses que estudam em Tampere. No Porto tive de pagar 20 euros por 3 kilos a mais na bagamem... Tivemos todos e por isso, em Londres, qual portugueses dotados como gene do chico espertismo voltamos a abrir as malas, vestir ainda mais camisolas e casacos, por o resto em sacos de plastico, e apos muitas duvidas, conseguir nao pagar mais e passar com 2 sacos na mao, quando so se pode levar um...
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Chegados a Tampere, autocarro para o centro, chegados la, comboio para Jyvasjyla e chegados, finalmente, taxi para casa. Agora o momento do dia... Quando chegamos tinha, ah minha espera uma faixa no meu predio, posta na vertical, que ia desde o segundo andar ate ao chao e dizia: "WELCOME PEDRO" - fiquei completamente boquiaberto!... E eh de ficar... Foi espetacular chegar, abrir a porta, abracar toda a gente, sorrir! Tinham prendas pra mim e tudo!... O Albert e a Laura tinham para mim uma bandeira da Catalunha de cartao e uns calcoes oficiais do Barcelona, e o Alex tinha um copo de shot trazido de Riga e uma DVD do Tarzan (nao perguntem).
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Nao tinha nada mas quis dar, e entao dei um cinzeiro muito giro que tinha ao Alex e dei ao Albert a bicicleta que tinha comprado ao Erik e tencionava vender mais cara. Mas pronto, o dinheiro nao eh assim tao importante.
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Nao sei se ja perceberam, mas estou de volta a este teclado estupido, sem acentos, tils e essas coisas todas.
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O meu quarto parece um armazem, esta uma desgraca. Isto porque alguns amigos que vao mudar de quarto pediram-me para guardar no meu algumas coisas. E juntando essa confusao ah que ja estava, deu nisto. Mas esta bem.
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Agora vou tomar banho para depois ir ao Lidl. Vamos jantar aqui hoje eu, Albert, Laura, Alex, Serena e a Cristina.**
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quinta-feira, janeiro 13, 2005

Amor [o outro lado]

O Amor... Quantos textos, poemas e histórias já foram escritas sobre ele?... É se, dúvida o melhor tema para uma obra tocar no coração de alguém. "A mais velha história do mundo", muitos dizem: rapaz conhece rapariga (ou o contrário, ou mesmo sexos:), rapaz gosta da rapariga, rapariga gosta do rapaz... - hei hei, vamos parar por aqui... Amores não correspondidos... São tantos! Seguramente são mais os amores não correspondidos que os correspondidos.
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Sim ou não? Claro que se alguém está com alguém, é de assumir que é um amor correspondido, mas´não será verdade que, em algum ponto das suas VIDAS, estes dois que estão juntos, já não tiveram um amor não correspondido?
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E como lidar com isto?... Lidar com a negação nunca foi fácil. Lidar com a negação do amor, em que nos negam a nós, ao que somos, deve ser duplamente difícil. Sofrer por amor. Amor implica sofrimento? Chorar a ouvir canções que nos fazem lembrar a outra pessoa, fazer luto e... seguir para a frente - hei hei, vamos parar aqui outra vez. E quando não se segue para a frente?
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Concerteza já todos ouvimos falar de casos de pessoas que entraram em depressões, péssiams fases na VIDA... por causa dum amor não correspondido. Quando as pessoas se agarram tanto à ideia da outra pesssoa que se sentem incompletas, inexistentes por vezes, só porque a nossa (suposta) cara metade nem pensa em nós ao acordar... A cada segundo que passa são centímetros que nos enterramos, cada vez mais fundo, e os nossos amigos ficam a ver, impotentes, sem conseguir ajudar. Não falo por experiência prória, falo por imaginação própria.
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Devemos recuperar o nosso amor-próprio que se perdeu algures no tempo quando a outra pessoa disse: "Desculpa, mas não gosto de ti" - e pensarmos naquilo que temos de bom, que quem perde é quem nos rejeita... Sei que é fácil falar quando não se está a passar por isso, eu sei... Mas pensei nisto porque pensei que assim é o amor, e assim está exemplificada a sua potência, o seu poder... Pode fazer-nos voar, levar-nos ao céu, e pode fazer-nos rastejar, puxar-nos ao inferno...
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sexta-feira, janeiro 07, 2005

Inveja

Hoje dei um pulinho ao site da Lusomundo para ver o que daria no Premium e no Gallery. Para meu espanto no Gallery ia passar um filme que aqui há uns anos andava para alugar: Malena.
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O filme trata de um miudo que desenvolve uma fixação/adoração por uma mulher muito mais velha que perdera seu marido na guerra. Era belíssima e desejada por todos os homens da Sicília. Limitava-se a fazer a sua VIDA, não falava com niguém, limitava-se a responder a cumprimentos. Contudo, era o alvo das más-línguas de toda a cidade. Os homens falavam mal dela porque não a conseguiam ter (apesar de não saberem que a razão era essa) e as mulheres porque morriam de inveja da maneira como todos os homens só tinham olhos para aquela cinta que se movia descontraida e sensualmente, daqueles peitos, enfim, daquela mulher.
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Conseguiram assim estas mulheres, passo a passo, destruir a VIDA de Malena, chegando mesmo a espancá-la, alegando estar a castigá-la por seus pecados.
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Agora o que me assustou foi o facto de isto ser um filme bem representativo da natureza de muita gente! Não quero dizer que é a natureza do Homem em geral, quero ser optimista. Mas tenho medo... Como pode ser tão mesquinho e cruel o Homem, por não poder ter, destruir, refugiando-se em coisas como a religião (como aquelas senhoras que a castigavam por seus pecados) ou a moral.
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Eu espero geralmente o melhor das pessoas, mas ao mesmo tempo atormenta-me que o senhor aparentemente simp+atico que cumprimento na rua seja assim, com estes sentimentos podres e estúpidos. "Vive e deixa viver", já dizia não sei quem... Somos assaltados por exemplos destes todos os dias, cabe-nos a nós não alinhar só para nos incluir-nos neste ou naquele grupo.
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Dizer o que pensamos, não magoar...
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segunda-feira, janeiro 03, 2005

Morrer

Tenho um tio avô (que não sei se já vi alguma vez) que está doente, perto da morte. Tem 80 anos e está no hospital. Hoje fui levar os meus avós a visitá-lo e pensei: Ele está a morrer (é o que me dizem), e está lúcido. Será que ele saber? E se sabe, como será saber que mais dia menos dia, mais semana menos semana, vamo-nos?
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Será que aos 80 anos a pessoa está farta da VIDA e pensa que o melhor é mesmo ir? Estas perguntas ao mesmo tempo não fazem sentido, porque somos todos diferentes, todos com VIDAS diferentes, e se há uns que aos 80 estão "preparados" para ir, certamente que há outros que querem mais e mais.
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Eu julgo ser um destes últimos. Tenho 20... perdão, 21 (acabadinhos de fazer:) anos e claro que não estou perto de nenhum destes exemplos, mas imaginar-me velho, imagino-me a querer sempre viver o mais que possa. Por outro lado... Como adoro correr, saltar, jogar, brincar, exigo do meu corpo, de maneiras que não poderei fazer em velho. Também posso ficar deprimido por não conseguir fazer tudo o que queria e perder o gosto pela VIDA. Não sei, é só uma maneira diferente de interpretar a mesma coisa.
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"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" - e se assim for, certamente à medida que envelhecemos aprendemos a gostar daquilo "que podemos". Será? Ao mesmo tempo espero que não, porque nunca um jogo de dominó me dará tanto prazer como apanhar uma onda, ou uma tarde sentado num banco de jardim será tão intenso como mergulhar num rio gelado... Vamos a ver...
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